A história da Psicologia remonta a tempos antigos. Suas origens filosóficas estão em Platão e Aristóteles que já falavam sobre questões relacionadas a mente humana e seu funcionamento. Quem já ouviu falar no mundo das idéias de Platão?
Mas foi com Wundt, no século XIX, que a Psicologia se tornou ciência. Wundt fundou o primeiro laboratório de Psicologia experimental, na Alemanhã, em Leipzig. Ele acreditava e defendia a ideia de que o estudo da mente humana requer experimentos e bases científicas. Foi a partir desse pensamento e da possibilidade de quantificar o comportamento humano que a Psicologia pode se tornar ciência.
No Brasil a profissão de psicólogo foi reconhecida em 27 de agosto (dia do Psicólogo) de 1962, com a aprovação da lei 4.119. Essa lei estabelece um currículo mínimo para as instituições de ensino formarem seus alunos, e também foram definidas normas para a atuação profissional. Assim, em 1962 a profissão de psicólogo passou a estar regulamentada no Brasil.
Eu nasci em 1978, 16 anos após a Psicologia se estabelecer no Brasil. Aos 7 anos de idade eu dizia que queria ser Arquiteta. Trago comigo um amor pessoal por decoração, o belo, as linhas e as formas. Meu pai desejava que eu fosse Pedagoga ou Assistente Social (tenho alguns familiares da família paterna que são Assistentes Sociais, em especial a madrinha do meu pai). Assim, acabei me direcionando mais para a Pedagogia. Cursei no ensino médio Magistério e gosto muito dos processos de aprendizagem, mas acredito que não era a minha escolha. Em 1994 meu pai faleceu, após 10 anos de um tratamento oncológico. Pela primeira vez busquei a terapia para tentar lidar com o luto. Isso aconteceu 6 meses antes do vestibular. Quando fui fazer minha inscrição para o vestibular escolhi pela Psicologia. Ou talvez ela tenha me escolhido, não sei.
Passei no meu primeiro vestibular para Psicologia na Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul. Foram 5 anos intensos, de um curso em período integral, mas em nenhum momento questionei a escolha. Estive entre as melhores alunas do curso e aprendi muito do que sei hoje.
A formatura em 01 de março de 2001 me conferiu o título de Psicóloga. Minha paixão sempre esteve na clínica e na área da saúde. Meu tema do trabalho de conclusão de curso foi na oncologia (talvez uma forma de compreender o que foi vivido com meu pai). Logo após a formatura iniciei minha primeira pós graduação, em Psicologia Clínica, com formação em Gestalt Terapia (tema do nosso terceiro texto). Desde então nunca parei de estudar, apenas com um intervalo nos estudos quando casei e tivemos nossa filha. Mas o trabalho, os livros, o compreender o ser humano em sua totalidade, sempre estiveram comigo.
Hoje faço uma nova pós graduação, agora em Neuropsicologia (concluo este ano) e tenho olhado com carinho para o Mestrado (projeto que eu tinha logo após a conclusão da universidade) e assim sigo… “caçador de mim”. Exerço a Psicologia enquanto ciência, de forma ética e profissional nos locais onde me permitem estar e no meu consultório, hoje nas formas presenciais e online.
E quanto a você? Você já fez Psicoterapia? Já vivenciou esse processo de autoconhecimento? A Psicoterapia geralmente é buscada em momentos de crise e adoecimento, mas também pode estar relacionada a qualidade de vida, autoconhecimento e higiene mental. Bom, eu sou suspeita…faço psicoterapia desde meus 17 anos e muito do que sou devo a esse processo.
Um grande e carinhoso abraço, Cris